Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Rosana Tamyres Ferreira - Psicólogo CRP 06/139956

Às vezes, crianças têm dificuldades em compreender e expressar suas emoções. Isso significa que acontecimentos de alta tensão podem gerar reações inesperadas vindas dos pequenos. É por isso, então, que é importante aprender a lidar com o luto infantil.
Afinal, a morte é um tema delicado, mas faz parte da experiência humana.
Além disso, é inesperada, o que significa que muitas crianças irão saber a sensação de perder uma pessoa querida — e o ideal é que os pais estejam preparados para oferecer o suporte necessário.
Como falar sobre a morte com crianças
A melhor forma de lidar com o luto infantil é que ela esteja preparada para o momento de perda e, também, se sinta amparada pelo ambiente ao seu redor.
Falar de morte com crianças pode ser um desafio, mas é importante abordar o assunto de maneira sensível e apropriada à idade do seu filho.
Se você não sabe como iniciar uma conversa sobre assuntos delicados com o seu filho, veja as dicas a seguir para abordar a morte:
Use linguagem adequada à idade
Utilize palavras e explicações que sejam apropriadas para o nível de desenvolvimento da criança. Evite usar eufemismos, como “a pessoa foi para um sono eterno”, e em vez disso, seja direto, mas gentil, ao explicar o que aconteceu.
Muitas vezes, adultos pensam que certos temas são muito fortes e inadequados, e então utilizam expressões lúdicas e exageradas.
É importante ter em mente que as crianças conseguem entender e não precisam de histórias inventadas. Falar a verdade é sempre a melhor opção.
Inclusive, é interessante explicar o que é a morte antes mesmo dela acontecer. Ensine que existe um ciclo da vida e que, apesar de ser triste quando alguém ou um animal de estimação vai embora, é uma experiência pela qual todas as pessoas irão passar.
Esteja preparado para perguntas
As crianças têm muitas perguntas sobre a morte, e é importante estar disposto a responder a todas elas da melhor maneira possível. Se você não souber a resposta, admita isso e diga que tentará descobrir juntos.
Nesse momento, os pequenos costumam questionar para onde a pessoa foi, se irá voltar, se é possível falar com ela novamente. Prepare-se para isso, também.
Escolha o momento certo
Encontre um momento tranquilo e confortável para conversar sobre a morte. Evite abordar o assunto quando a criança estiver distraída ou agitada, pois isso pode causar um baque muito grande.
Uma ideia interessante é utilizar algum tema que faça parte do universo dela, mostrar algum filme que mostre o assunto e aproveitar para explicar que o que acontece na ficção também ocorre na vida real.
Seja honesto
A honestidade é fundamental. Explique de maneira simples e direta o que aconteceu, sem esconder informações importantes. Por exemplo, você pode dizer: “A vovó estava muito doente e seu corpo parou de funcionar. Isso significa que ela não vai mais estar conosco.”
O mesmo acontece para bichos de estimação. Evite contar mentiras, como “mandamos o cachorro para a fazenda”, pois isso pode criar uma falsa expectativa de que ela terá a oportunidade de vê-lo de novo.
Use recursos visuais
Para crianças mais jovens, usar livros, desenhos ou histórias pode ajudar a explicar a morte e suas complexidades de uma maneira mais acessível.
Expressar emoções
Diga a ela que é normal sentir tristeza, raiva, confusão e outras emoções em momentos como esse. Uma educação positiva mostra que todos os sentimentos são válidos e importantes, e que é importante aprender a lidar com todos eles.
Evite assustar a criança
Evite fazer descrições muito detalhadas sobre a morte, especialmente se a criança for muito jovem. Isso pode assustá-la. Em vez disso, foque nas emoções e no apoio.
Como dito anteriormente, é preciso falar com honestidade e explicar o que ocorreu, mas é essencial guardar os detalhes, pois eles podem não ser apropriados para a sua idade.
Fale sobre rituais e despedidas
Explique os rituais de despedida que a família pode ter, como funerais, velórios ou outras cerimônias. Diga como funciona, por que as pessoas costumam se vestir de preto.
Avise que, em velórios, a pessoa costuma ficar dentro de um caixão para que os seus entes queridos façam suas despedidas e que é possível vê-la, mas sem vida. E que, depois, é de costume fazer o enterro.
Deixe a criança decidir se ela quer ou não participar, e de qual etapa ela quer fazer parte.
Como lidar com o luto infantil
O luto entre crianças é um processo natural de reação à perda e pode ser bastante doloroso. Aqui estão algumas dicas para os pais a apoiarem e lidarem com o luto infantil:
Ajude a expressar emoções
Encoraje a criança a expressar suas emoções de maneira saudável. Isso pode ser feito através de desenhos, brincadeiras ou conversas, dependendo da idade e da preferência da criança.
Permita o choro
O choro é uma maneira natural de lidar com a tristeza. Não repreenda a criança por chorar e ofereça consolo quando necessário.
Envolva a criança no processo de luto
Permita que a criança participe de rituais de despedida, como um funeral ou memorial, se a criança desejar fazê-lo. Não prive a criança de dizer adeus a uma pessoa querida apenas por achar que ela é muito jovem para entender.
Tenha paciência
O luto é um processo que leva tempo. Não espere que a criança se recupere rapidamente e esteja preparado para oferecer apoio contínuo.
Crie um ambiente seguro
Certifique-se de que a criança se sinta segura e protegida. Isso pode incluir manter uma rotina estável sempre que possível e proporcionar conforto emocional.
Aqui, é importante que você esteja presente e mostre que você está lá para apoiá-la. Deixe-a saber que ela tem liberdade para fazer perguntas, também.
Monitore o comportamento
Esteja atento a mudanças no comportamento da criança, como isolamento, problemas de sono, dificuldades na escola ou alterações no apetite.
Esses podem ser sinais de que a criança está lutando para lidar com o luto e que existe o risco do surgimento de problemas psicológicos.
Inclusive, em situações repentinas envolvendo pessoas muito queridas, preste atenção nos sinais de depressão e em comportamentos agressivos.
Lembre-se que, em alguns casos, o sentimento de tristeza pode dar lugar ao de raiva e até mesmo à sensação de abandono — principalmente quando a pessoa que faleceu era alguém que passava muito tempo com a criança, como pais, avós, entre outros.
Procure apoio profissional
Se a criança está tendo dificuldades significativas para lidar com o luto, considerar a ajuda de um terapeuta infantil ou um conselheiro pode ser benéfico.
Os psicólogos podem ajudar as crianças a desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis para lidar com a perda.
Isso pode incluir a promoção de habilidades de comunicação, resolução de problemas e autocontrole emocional.
Lidar com o luto infantil é um processo desafiador e individual, pois cada criança reage de maneira diferente.
A chave é oferecer apoio amoroso, paciência e compreensão enquanto a criança processa suas emoções e aprende a lidar com a perda.
Psicólogos para Morte e Luto
Conheça os psicólogos que atendem casos de Morte e Luto no formato de terapia online por videochamanda e também consultas presenciais em São Paulo:
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Kamilla Giacomassi
Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Kamilla Giacomassi é formada há 17 anos pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua com base na abordagem Terapia Comportamental, possui curso de extensão em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CETCC e, atualmente, possui uma especialização em andamento em Psicanálise pela AEP.
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Consultas presenciais
Consultas por vídeoA psicóloga Priscilla é graduada há quase 20 anos e é pós-graduada em Neuropsicologia pela faculdade FMU, realizou curso de extensão em Análise do Comportamento pelo Núcleo de Estudos Paradigma, é especialista em Grafologia pelo Instituto Grafológica de SP e extensões em Psicologia Analítica no IJEP
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Autor: psicologa Rosana Tamyres Ferreira - CRP 06/139956Formação: A psicóloga Rosana Tamyres Ferreira é pós-graduada pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa. Sua experiência em liderança, gestão de projetos e gestão de pessoas têm sido de grande importância em seus atendimentos na área clínica...