Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Rosana Tamyres Ferreira - Psicólogo CRP 06/139956
Álcool e ansiedade estão bastante ligados, muitas vezes formando um ciclo que pode ser difícil de encerrar, o que pode levar ao comprometimento da saúde física e mental.
Isso porque, para alguns, o álcool é considerado como uma maneira rápida de aliviar os sintomas da ansiedade, trazendo uma sensação temporária de relaxamento. No entanto, o uso frequente desse tipo de substância pode piorar os problemas de saúde mental já existentes em uma pessoa, levando a um aumento dos níveis de ansiedade a longo prazo.
Assim, neste artigo, analisaremos como o álcool afeta o corpo e a mente, os riscos associados ao seu consumo excessivo e a importância de entender essa relação para manter o bem-estar. Continue a leitura e saiba mais!
Como o álcool age no organismo humano?
Depois de ingerido, o álcool é rapidamente absorvido pelo estômago e intestino, entrando na corrente sanguínea e passando a atingir outros órgãos do corpo humano, como o cérebro.
No sistema nervoso central, o álcool age como depressor, reduzindo a atividade cerebral. Isso provoca uma sensação inicial de relaxamento, bem como oscilações de humor, mas, em quantidades maiores, ele consegue afetar a coordenação motora e os reflexos.
Em um primeiro momento o indivíduo sente uma espécie de “sedação” de suas emoções, fazendo com que ele sinta sua ansiedade reduzida. Porém, a famosa ressaca do dia seguinte é capaz de provocar alguns desequilíbrios químicos cerebrais.
No mais, seu consumo excessivo pode sobrecarregar órgãos como o fígado e causar danos a diversos sistemas do corpo, tais como o cardiovascular e o imunológico.
Como o álcool afeta as emoções?
O álcool afeta significativamente as emoções, pois modifica a química do cérebro e a comunicação entre os neurotransmissores. A princípio, ele pode proporcionar uma sensação de relaxamento e euforia, diminuindo a inibição e aumentando a autoconfiança.
Mas esses efeitos são temporários e, à medida que o álcool é metabolizado, ele pode interferir na regulação do humor, levando a oscilações emocionais, como irritabilidade, tristeza e até mesmo ansiedade.
Logo, o consumo frequente ou excessivo de álcool pode, com o tempo, comprometer o equilíbrio emocional da pessoa, aumentando os riscos de ela desenvolver distúrbios emocionais.
E isso ocorre porque o álcool interfere na produção de neurotransmissores, sendo o mais comum a serotonina, responsável pela sensação de bem-estar.
Assim, em vez de aliviar as emoções negativas, o álcool age ao contrário e tende a intensificá-las após seu efeito inicial passar, criando um ciclo vicioso que pode afetar negativamente a saúde mental.
Qual é a relação entre álcool e ansiedade?
A relação entre o álcool e a ansiedade é complexa e pode se manifestar de duas maneiras.
De um lado, muitas pessoas com ansiedade recorrem ao álcool como um modo de amenizar os sintomas desta, já que o consumo inicial pode proporcionar uma sensação de relaxamento.
Mas essa “fuga” é temporária e, a longo prazo, pode agravar a ansiedade, fator que ocorre devido à interferência do álcool no equilíbrio químico do cérebro.
Por outro lado, o consumo frequente de álcool pode ser um fator desencadeante ou intensificador da ansiedade. Isso porque ele desregula o sistema nervoso central e provoca oscilações emocionais que podem aumentar o nervosismo e a preocupação.
Além disso, vale dizer que o consumo alcoólico em excesso pode causar sintomas físicos, como palpitações e tontura, que são comumente associados às crises de ansiedade. Nesse contexto, é criado um ciclo em que a pessoa bebe para aliviar o mal estar, mas acaba sentindo-se pior com o passar do tempo.
Quais são os impactos do álcool na ansiedade?
Como dito, o álcool proporciona efeitos significativos e negativos sobre a ansiedade, tanto a curto quanto a longo prazo.
Confira a seguir alguns de seus impactos na ansiedade vistos sob duas perspectivas:
Impactos a curto prazo
A curto prazo, o álcool pode parecer uma solução eficaz para aliviar os sintomas da ansiedade. Isso ocorre porque ele age como um depressor do sistema nervoso central, reduzindo a tensão e promovendo uma sensação de calma e euforia momentânea.
Frise-se que, durante as primeiras horas após o consumo, muitas pessoas vivenciam uma diminuição das preocupações da vida e, até mesmo, um aumento da autoconfiança.
Impactos a longo prazo
A longo prazo, o consumo frequente ou excessivo de álcool pode intensificar os sintomas da ansiedade. Isso porque, como visto, o álcool interfere na produção de serotonina e outros neurotransmissores responsáveis pela regulação do humor.
O uso crônico de álcool também aumenta o risco de desenvolver transtornos de ansiedade e depressão, além de prejudicar o sono e aumentar a irritabilidade, fatores que agravam ainda mais os sintomas de ansiedade.
Quem sofre de ansiedade pode beber?
A questão relativa a “se quem sofre de ansiedade pode beber álcool ou não” requer muita cautela e dependerá de pessoa para pessoa.
Portanto, é essencial que pessoas com ansiedade reflitam e tenham consciência quanto à sua relação com o álcool.
Isso porque, existe a possibilidade de desencadear um vício ou de serem desencadeados outros problemas de saúde física e mental. Ademais, o autocuidado, a moderação ou abstinência do álcool podem ser fundamentais para melhor tratar a ansiedade.
Como tratar a ansiedade?
O tratamento da ansiedade geralmente abrange abordagens personalizadas, sendo a terapia cognitivo-comportamental (TCC) uma das mais eficazes. Medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos também podem ser prescritos pelo profissional.
Além do mais, técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, ajudam a reduzir os sintomas, assim como um estilo de vida saudável.
Por fim, o apoio de amigos e familiares também é fundamental para combater a sensação de isolamento.
Concluindo, a relação entre álcool e ansiedade deve ser avaliada com precaução, já que, apesar de o álcool oferecer um “alívio temporário”, seu uso contínuo tende a agravar a condição ansiosa.
Por isso, adotar abordagens saudáveis, buscar apoio social e manter um estilo de vida equilibrado são essenciais nesse processo.
Além disso, é essencial informar-se e buscar ajuda profissional para encontrar o tratamento adequado para a ansiedade e, assim, promover o bem-estar emocional.
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