Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Priscilla Mendes - Psicólogo CRP 06/93223
O medo existe diante de perigo iminentes e que muitas vezes nos impede de avançar. Aqui vão algumas dicas de como enfrentar o medo.
Sentir medo é natural e humano e não há formas de eliminá-lo. Isso por que ele tem como função nos alertar e proteger do perigo. Ele também pode ser definido como a sensação mais instintiva do ser humano.
No entanto, o medo, ao longo do tempo pode se transformar em fobias e até doença. Mesmo assim, ele pode servir como uma peça importante para o nosso próprio crescimento pessoal.
Mas, o que é o Medo?
Apesar dele estar presente em todos os animais, para nós humanos, ainda pode ser pensado como um tabu social.
Ele já foi considerado, por muitos povos, como o mal a ser vencido.
Nos dias de hoje o medo ainda é visto como algo relacionado a fobias, terror, pânico, doença, covardia, fraqueza etc.
Por que será que, mesmo sendo um acompanhante tão antigo do ser humano, ainda é difícil compreendê-lo ou controlá-lo? Vejamos como podemos enfrentar o medo.
O medo está presente em muitas situações, que vão desde dizer a verdade perante uma pessoa até enfrentar situações desagradáveis e arriscadas. E ele também construído socialmente conforme a cultura da comunidade em que o indivíduo está inserido.
No nível pessoal e psicológico, o medo pode se tornar uma relevante ferramenta de autoconhecimento e da compreensão de nossos limites
Para a maioria dos psicólogos, ele é um referencial do nosso ponto de partida para movimentos em escala evolutiva de nossa personalidade. Por isso, também é importante saber enfrentá-lo.
Existem diversos tipos de medo, aqueles que são racionais (consciência do risco), irracionais (sensação de insegurança), e as consideradas fobias – quando a mente estabelece o que seria “pensamento automático”.
Como enfrentar o medo?
Como função do instinto de sobrevivência, o medo ajudou a manter o ser humano vivo durante milhares de anos e por razão disso, foi o responsável por adaptá-lo às mais terríveis condições na natureza.
Desta forma, o ser humano, por meio de seu repertório de experiências, conseguiu agregar estágios de desenvolvimento.
É importante reconhecer quais são as verdadeiras circunstâncias e momentos em que o medo se instala, e também como proceder nessas situações. Prepare-se para desafiá-lo.
O medo, em estágios não crônicos — como aqueles da fobia — pode ser suprimido por meio do conhecimento e da prudência.
Enfrentar o medo simplesmente seguindo um roteiro de recomendações não é nada fácil. Falas do tipo “tenha coragem”, na “cara e sem vergonha” são posturas que desconsideram padrões subjetivos de cada personalidade.
Portanto, o autoconhecimento e a terapia são grandes aliados no controle do medo. Além disso, confira algumas dicas que ajudarão você a controlar e enfrentar o medo de forma racional e cautelosa.
Dica 1. Faça autoanálise
A reflexão sobre nossos sentimentos que nos causam o medo é a primeira atitude que devemos ter. É necessário ter uma análise profunda e meditativa sobre os aspectos mais íntimos de nossa consciência.
Também é importante realizar uma observação atenta de nossos obstáculos mentais e emocionais. Sem isso, será impossível chegar a esta exploração interior. Um psicólogo é um excelente condutor para esse autoconhecimento profundo ao enfrentar o medo.
>>>Leia também: Autoconhecimento
Dica 2. Escolha consciente
No momento em que o medo se aproxima, tente criar alternativas e escolhas para a situação. Observe como a sensação de medo traz consigo memórias do passado e tente desatá-las mentalmente.
Uma boa dica é usar a abstração, ou seja, sair da posição de enfrentamento para a de observador. Enxergando a situação que causa ansiedade sob outra perspectiva reduz o medo.
Dica 3. Conhecendo o inimigo
O medo deve ser exposto aos poucos em relação ao objeto que causa temor, desde que atenda às fronteiras de si e do outro.
Como forma de realizar isso, observe ativamente como outras pessoas lidam com esse objeto em especial e descreva o método. Estude o objeto com clareza e não antecipe percepções.
Dica 4. Silencie a mente
A prática meditativa é uma forma conhecida de autoconhecimento. O medo faz com que a pessoa entre num estado de ruído mental e confusão psicológica.
Nesta condição os pensamentos são condicionados diretamente para o fortalecimento da sensação de ansiedade e pavor. E isso gera um diálogo interno intenso, obstruindo a clareza e a objetividade do indivíduo.
Inclusive esse é um dos principais motivos por que as pessoas podem se bloquear e demorar a agir em situações de pânico ao enfrentar o medo. Aprenda a silenciar a mente de forma consciente e cotidiana.
A meditação fortalecerá a mente e o ajudará a enfrentar bem até as situações difíceis da rotina.
Dica 5. Tenha autocontrole
Medos e fobias também tem relação direta com a ansiedade. Ela é o que dificulta o controle sobre a razão e as emoções, abrindo espaço para um emaranhado de sentimentos e pensamentos caóticos negativos.
A opção por métodos que buscam a serenidade, como controle respiração, exercícios físicos e meditação são excelentes indicações para manter a saúde da mente.
Procure exercitar esse controle em momentos em que não há crise de medo. Com isso, no momento em que ela se instaurar, terá maior facilidade em administrar a tensão.
Dica 6. Compartilhe seu medo
Compartilhar seu medo não é criar peso em outras pessoas com seus problemas. É trocar experiências construtivas sobre suas fobias e tensões. Isso facilitará, de certa forma, um desbloqueio emocional e os ruídos mentais. Preste atenção nas reações das pessoas quando comentar.
Externalizar emoções ajuda a aliviar grandes cargas emocionais. Procure familiares e amigos próximos, com quem possa falar abertamente de como enfrentar o medo.
Grupos de apoio podem ser outra excelente maneira de compartilhar, já que além de aliviar a tensão, é possível aprender com a experiência de pessoas que passaram pela mesma situação.
Dica 7. Procure um especialista
Não hesite em procurar um profissional, seja o seu medo crônico ou simples. Isso por que seu medo geralmente é associado a algo mais profundo, e um profissional poderá ajudá-lo a explorar isso. E não importa o tamanho e a complexidade do medo: ele pode ser tratado com a ajuda do psicólogo.
Como vimos, enfrentar o medo é algo benéfico desde que não assuma o controle de nossas vidas. Ele é natural e instintivo.
O problema está em como a pessoa lida com ele. Comece a prestar atenção e aprenda a preparar-se para enfrentá-lo. Descubra como o medo pode, ao contrário do que parece, ser uma ferramenta benéfica para o seu desenvolvimento pessoal.
Compartilhar essa ideia, falando de seus sentimentos de como enfrentar o medo e aprecie o auxílio de um profissional da área!
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Autor: psicologa Priscilla Mendes - CRP 06/93223Formação: A psicóloga Priscilla é graduada há quase 20 anos e é pós-graduada em Neuropsicologia pela faculdade FMU, realizou curso de extensão em Análise do Comportamento pelo Núcleo de Estudos Paradigma, é especialista em Grafologia pelo Instituto Grafológica de SP e extensões em Psicologia Analítica no IJEP