Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Priscilla Mendes - Psicólogo CRP 06/93223
Quando depositamos muitas expectativas em coisas ou pessoas, corremos o risco de nos frustrar. Por isso é importante encontrar limites na hora de criar expectativas. Mas, como defini-los? É legal viver sempre com o pé atrás?
Segundo os psicólogos, as expectativas exageradas causam mais do que frustração, trazendo, também, insegurança e dor. Por isso, precisamos entender que a felicidade e o bem-estar podem ser encontrados em coisas mais simples do que imaginamos, porque estão diretamente ligados ao essencial.
O que vemos na prática é que as expectativas, bem como o conceito de felicidade, são relativas e variam muito de pessoa para pessoa. Dependem muito do contexto em que se vive, as vivências e como estas marcaram a vida.
Mas o outro lado da mesma moeda mostra que não dá para viver sem expectativas. Afinal, são elas que dão sentido à nossa vida. Você já deve ter ouvido falar que precisamos sempre ter sonhos porque sem eles não há o que esperar a não ser a morte.
Quando esperamos ou desejamos muito alguma coisa e, eventualmente, nossa expectativa não se cumpre na realidade, surge o sentimento de desilusão ou frustração. Lidar com essa sensação de “derrota” é muito difícil e pode levar as pessoas à depressão, amargura e até revolta.
Para que isso não aconteça, o ideal é nos prepararmos para diferentes resultados que possam ser vislumbrados.
Consultar um psicólogo nessas horas é importante para manter os pés no chão e ter mais controle emocional, sem perder o otimismo, enxergando com clareza e de forma mais racional as possíveis consequências que podem ser resultados de nossas ações.
Trocando em miúdos, um apoio psicológico vai facilitar o uso da razão para gerenciar as expectativas.
Suas expectativas são coerentes com a realidade?
Sempre teremos expectativas, mas podemos amenizá-las, tornando-as mais próximas da realidade – normalmente, elas são fruto de nossa imaginação – e com mais chances de acontecerem, sem, assim, caminharmos rumo à decepção e frustração.
Esses sentimentos são inevitáveis quando as coisas não saem como planejamos e, quando acontecem, é muito comum a busca por culpados. Culpamos alguém por quase tudo porque não enfrentamos nossos próprios desejos.
As expectativas são como vendas nos olhos, nos impedem de enxergar a situação em sua totalidade e podem frear nosso crescimento e capacidade de manter relações saudáveis.
Qual o limite da expectativa?
Quem tem baixa expectativa não espera retorno, não acredita e, por isso, não investe. Não aprende e nem ensina. Triste, não?
Aqui cabe lembrar o que significa o termo expectativa: é o estado ou qualidade de esperar algo que seja viável ou provável que aconteça; um grande desejo ou ânsia por receber uma notícia ou presenciar um acontecimento que seja bom, positivo.
A palavra também é utilizada para designar a condição de alguém que tem esperança em algo que foi baseado em promessas ou visibilidade de se tornar realidade.
Segundo o site “Significados”, o sentimento de expectativa só pode existir na ausência da realidade, ou seja, quando o objeto que motiva a expectativa ainda não se tornou viável e real, sendo apenas uma condição presente no desejo de posse do indivíduo, por exemplo.
Outra característica necessária para que possa existir a expectativa é a previsão, informação ou condição que sustente esta esperança. Caso contrário, a chamada “expectativa” não passaria de uma “ilusão” ou utopia.
Sendo assim, ter uma expectativa não tem a ver com o esperar no sentido de não fazer nada para tal, apenas ficar esperando que aconteça.
Mas, afinal, qual a dose certa para que a expectativa não passe dos limites e se transforme em ansiedade, que como sabemos, pode trazer grande desconforto para as pessoas. Como dosar a expectativa para que ela não atrapalhe nossa felicidade?
Suposições ampliam a ansiedade e ferem a autoconfiança
Quantas vezes esperamos por algo, nada acontece, e daí ficamos imaginando quais foram as razões para isso, não é mesmo?
Suposições da nossa imaginação geram ainda mais ansiedade e frustração, porque podemos pensar de forma muito negativa e, assim, ficamos ainda mais derrotados.
No entanto, precisamos exercitar a razão para conhecer, compreender e aceitar os acontecimentos que, muitas vezes, dependem mais de outras pessoas do que da nossa ação.
No lugar das expectativas, podemos ser mais realistas e aproveitar melhor o momento que vivemos.
Um psicólogo ajuda na medida em que orienta o paciente a se preocupar menos com o que está por vir. Ele estimula a pessoa a ficar menos dispersa e focar o presente. Afinal, muita coisa boa pode ser deixada no caminho sem que possamos recuperá-las.
5 passos para equilibrar sentimentos e razões e gerenciar suas expectativas
Para equilibrar nossas emoções sem perder a razão, podemos seguir alguns passos e refletir sobre nossas ações. Tente fazer esses exercícios:
5.1 Sonhe com os “pés no chão”
Pense em como poderia ser sua vida se superasse as expectativas reais e possíveis. Tenha seus objetivos, mas sempre pense que há possibilidades de não serem concretizados.
5.2 Respeite a individualidade das pessoas
Não seja responsável pelas atitudes e expectativas dos outros e não espere nada deles. Não existe roteiro de relacionamento perfeito.
5.3 Seja resiliente
Aprenda a se adaptar a lugares e pessoas e evite se apegar. Viva um dia de cada vez e não cobre do outro mais do que ele possa oferecer. Conte com imprevistos e falhas.
5.4 Encare as derrotas
Saiba reconhecer suas falhas, encarar as derrotas e perdas. Recue, analise os fatos e aprenda com os erros. Só assim, você poderá se reerguer.
5.5 Pratique o bem
Ajude as pessoas, mas nunca espere algo em troca. Aja com o coração.
Seja racional ao criar expectativas
Para cada caso é necessário um ajuste de expectativa. Dependendo da situação, é preciso pensar qual o tamanho da expectativa que vamos depositar naquilo.
É preciso, ainda, certo cuidado para não impor as nossas expectativas para os outros porque as escolhas são feitas de forma individual.
Faça a sua aposta, mas não se esqueça de pensar sobre quais as exigências vão surgir a partir do que você colocar como expectativa.
Prepare-se para falhar e até para encarar a frustração caso as coisas não ocorram da maneira como você espera. E não deixe que o medo te paralise.
Se você não conseguir fazer sozinho toda esta reflexão proposta, procure um psicólogo. Ele é o profissional adequado para te ajudar a entender que cada ser humano é único, tem seus próprios limites e deve ser encorajado e orientado para saber como dosar suas expectativas.
Desenvolver um trabalho para o seu autoconhecimento vai te ajudar a controlar suas expectativas.
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Autor: psicologa Priscilla Mendes - CRP 06/93223Formação: A psicóloga Priscilla é graduada há quase 20 anos e é pós-graduada em Neuropsicologia pela faculdade FMU, realizou curso de extensão em Análise do Comportamento pelo Núcleo de Estudos Paradigma, é especialista em Grafologia pelo Instituto Grafológica de SP e extensões em Psicologia Analítica no IJEP
Excelente texto.
A expectativa faz parte da vida, mas quando depositamos toda nossa energia nela e nos frustramos ficamos sem chão.
Temos que aprender a lidar com o grau de expectativa que depositamos nas situações.
Obrigada pela dedicação.
Beijos para toda equipe.
Soraia Freitas
Psicóloga Clínica