Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Isabela Magalhães Santos Fernandes - Psicólogo CRP 06/175414
Você tem se sentido para baixo? O desânimo e a tristeza sem razão aparente parecem persegui-lo? Alterações repentinas no estado de humor podem ser sinal de depressão.
É normal ficar triste, irritado ou frustrado “sem motivo” de vez em quando. Entretanto, quando esses estados emocionais passam a fazer parte do seu dia a dia, cabe uma investigação da saúde mental com o psicólogo.
Costuma ser difícil perceber o início da depressão devido às particularidades dos sintomas depressivos, fator que contribui para o seu agravamento. Então, no post de hoje, falaremos um pouco mais sobre isso.
Como saber se tenho depressão?
A depressão é uma doença difícil de ser identificada. De calorosos e esperançosos, os dias se tornam cinzas e frios. Portanto, sem se dar conta, a pessoa depressiva passa a ver tudo através de uma lente de desânimo e apatia, sem perspectiva de mudança para uma situação melhor.
Normalmente, são as pessoas que convivem com quem está depressivo que percebem a mudança de comportamento provocada pela depressão. Isso acontece porque as atitudes, os pensamentos e as opiniões mudam vagarosamente, permitindo que a pessoa depressiva se acostume com o pessimismo recém-conquistado.
Sendo assim, ela não consegue perceber o quão negativa está, ou acredita que sempre foi assim. Não é raro pacientes de psicoterapia com depressão relatarem que a negatividade é parte deles quando, na verdade, trata-se de um sintoma desta condição.
O que causa a depressão?
A depressão é o resultado de um desequilíbrio da química cerebral provocado por alterações dos níveis de neurotransmissores, as quais podem ter várias raízes. Entre as possíveis causas da depressão estão:
- Hereditariedade: pessoas que possuem casos de depressão na família possuem mais chances de desenvolver a doença do que aqueles que não têm histórico familiar. A condição é mais comum entre parentes de 1º grau de pacientes deprimidos;
- Fatores ambientais: períodos de adversidade, como crises financeiras ou luto pela morte de alguém próximo, ou ambientes opressores, seja em casa ou no ambiente profissional, também colaboram para o desenvolvimento da depressão;
- Traumas de infância: experiências negativas na infância ou adolescência podem causar depressão ou outras condições de saúde mental na vida adulta;
- Reincidência da depressão: quem já teve transtorno depressivo maior em algum momento da vida pode ter episódios subsequentes; e
- Sensibilidade ao estresse e ansiedade: pessoas menos resilientes e/ou que possuem mais tendências ansiosas têm mais probabilidade de desenvolver condições de saúde mental.
Quais são os primeiros sintomas da depressão?
Os primeiros sintomas da depressão que costumam se manifestar são o desânimo, a perda de interesse em atividades que antes despertavam prazer, a dificuldade para dormir e a sensação de vazio.
Sem saber o porquê, a pessoa depressiva começa a questionar o seu lugar no mundo na tentativa de afastar a sensação de vazio existencial. Embora esses questionamentos sejam válidos, no contexto da depressão eles indicam o desejo de reencontrar uma perspectiva de vida que, subitamente, se perdeu.
À medida que a depressão se agrava, outros sintomas começam a aparecer, tais como a irritabilidade inexplicável, o cansaço constante, a mudança repentina dos hábitos alimentares, o desinteresse em cuidar de si mesmo, entre outros.
Então, a primeira coisa a fazer em caso de suspeita de depressão é prestar atenção nos seus pensamentos e emoções no dia a dia para fazer uma comparação com o que você sentia e pensava antes.
Se você perceber uma constância do pessimismo na sua vida, pode ser que esteja com início de depressão. A tristeza, para ser considerada saudável, precisa existir por uma razão então, ela vem sem motivo e permanece com você por vários dias consecutivos, é recomendado buscar um psicólogo ou médico psiquiátrica para investigar os sintomas depressivos.
Quando a depressão se torna grave?
Quando se pensa em depressão, é normal a mente trazer a imagem de uma pessoa sempre triste, que não consegue se levantar da cama e passa os dias no quarto com as luzes apagadas.
Esse cenário de depressão não condiz com todos os casos. A perda de vontade de cuidar de si mesmo, o desejo de se isolar socialmente e os pensamentos suicidas caracterizam um quadro grave, popularmente conhecido como depressão profunda.
Neste caso, a pessoa depressiva não vê sentido em tomar banho, escovar os dentes, cuidar do cabelo, usar roupas limpas, cuidar da limpeza da casa e ir trabalhar. Ela não se importa com as consequências de sua negligência consigo mesma ou com os outros, mesmo quando tem prejuízos sérios, como doenças oriundas de um ambiente sujo ou demissão por faltas.
Ideação suicida
Ideação suicida é o termo utilizado para classificar pensamentos suicidas que levam os indivíduos a considerar ou planejar tirar a própria vida.
Então, a pessoa depressiva começa a refletir sobre o seu lugar no mundo. Essas reflexões e outras crenças pessimistas escapam nas conversas casuais, alertando quem convive com ela sobre o estado do seu bem-estar emocional. Ela pode dizer, por exemplo, “nada mudaria se eu não estivesse aqui” ou “ninguém se importaria se eu sumisse”.
Esses pensamentos também se manifestam na forma de piadas. Atualmente, se vê muito disso nas redes sociais. Portanto, pessoas com depressão grave encontram nessas plataformas uma forma de desabafar as suas frustrações e angústias com o mundo e si mesmas.
Então, familiares e amigos devem conversar com a pessoa para compreender como ela está se sentindo e sugerir buscar ajuda profissional.
Quando procurar ajuda para a depressão?
Já na identificação dos primeiros sintomas, é possível buscar ajuda profissional para tratar a depressão.
Se o indivíduo vive uma situação de estresse, como pressão no trabalho, ou acabou de passar por uma, como a morte de uma pessoa querida, ele pode sucumbir a depressão mais facilmente. A terapia pode ser buscada tanto para tratar os sintomas depressivos quanto para ajudar a passar pelo momento de adversidade.
Na primeira sessão, pessoas com suspeita de depressão podem compartilhar as suas preocupações com o psicólogo, bem como os sintomas percebidos e como tem estado o seu humor no dia a dia. Também pode ser feito um questionário para identificar quais sintomas estão presentes no caso, dependendo da abordagem do profissional.
A terapia para depressão não possui um tempo específico, visto que cada paciente responde de uma maneira distinta ao tratamento. Algumas pessoas progridem mais rápido que outras por várias razões, como menor resistência a mudanças e sensibilidade a fatores estressores.
Quando precisa tomar remédio para depressão?
A prescrição de medicamentos antidepressivos é feita pelo médico psiquiatra. Deste modo, para saber se há necessidade de uso de medicamentos, é preciso marcar uma consulta. O psicólogo pode fazer a recomendação de visitar o médico, mas não pode prescrever medicamentos.
O remédio para a depressão geralmente é recomendado em casos de depressão moderada ou grave. Muitos pacientes têm resistência a medicamentos psiquiátricos por temerem os seus efeitos. Todas essas ansiedades podem ser discutidas com o médico para tornar o tratamento mais efetivo.
Tem como prevenir o início da depressão?
A prevenção da depressão é feita de múltiplas formas. Entre elas estão:
Exercícios físicos
Os exercícios físicos ajudam a regular a química do cérebro porque exercitar-se libera certos neurotransmissores, que são conhecidos como hormônios do bem-estar, como a serotonina e a endorfina.
Alimentação saudável
A qualidade da nossa alimentação não apenas influencia na saúde do nosso organismo, como também gera impactos no nosso estado de humor.
Uma dieta rica em carboidratos, por exemplo, causa insônia, ansiedade, alterações no sistema imunológico, fadiga, entre outros. Caso deseje, você pode agendar uma consulta com um nutricionista para criar uma dieta equilibrada.
Vida social
Por vida social, entende-se a qualidade das interações sociais que temos no dia a dia. É preciso construir laços de amizade e de amor sólidos para afastar a solidão, o medo de viver e a depressão. O ser humano não vive sozinho.
Hobbies
A adoção e manutenção de hobbies é outra forma de prevenir a depressão. Quando dedicamos tempo à prática de um passatempo, fazemos isso sem a pressão para melhorar e produzir. O prazer está em interagir com algo que você gosta muito.
Realização profissional
Cada pessoa tem a sua ideia de realização profissional. Para você, pode ser abrir um negócio próprio e, para o outro, pode ser trabalhar em uma multinacional. Ao descobrir qual é o seu objetivo profissional, trabalhe para realizá-lo.
Autoestima
Muitas pessoas ignoram ou desconhecem a necessidade de cuidar da autoestima no dia a dia. Pessoas com autoestima alta conseguem combater pensamentos e crenças negativas, bem como o estresse oriundo de experiências ruins.
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