Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Rosana Tamyres Ferreira - Psicólogo CRP 06/139956
Quando o relacionamento não vai bem, alguns casais optam por “dar um tempo” na relação. Será que essa estratégia dá certo mesmo? Conflitos existem em todos os relacionamento em diferentes graus.
Quando eles se repetem com frequência, acabam desgastando o laço construído pelo casal.
Segundo psicólogos, o desgaste emocional encoraja os casais a testarem todo tipo de solução para tornar o relacionamento mais forte.
Dar um tempo no relacionamento funciona?
Na maioria das vezes, a ideia de dar um tempo no relacionamento parte de um lugar de insatisfação de um ou de ambos os cônjuges. A convivência não está boa, embora ainda haja carinho entre os parceiros.
Então, o casal vê no afastamento voluntário uma possível solução para fortalecer o relacionamento.
O tempo longe um do outro tem o propósito de ajudar o casal a refletir sobre o que cada um almeja para o relacionamento e apontar o que não está dando certo.
Quando estamos fora de uma situação, conseguimos ter uma visão mais fria do que está acontecendo, sem a influência de emoções que floreiam a realidade.
Mas será que dar um tempo funciona mesmo?
A maioria dos casais não está disposta a passar por essa situação, em razão do investimento emocional no relacionamento.
Enxergam essa possível solução como uma forma de acabar com tudo que foi construído entre os cônjuges.
Se a sugestão é feita somente por uma das partes, ela costuma ser recebida com reatividade por se interpretada como um pedido para a traição.
Há, ainda, a situação em que a pessoa não tem coragem de terminar, por isso, tenta se afastar gradualmente do cônjuge em vez de ter uma conversa sincera com ele.
Outro cenário comum é enxergar a estratégia de “dar um tempo” como uma solução mágica.
É só passar um tempo afastado um do outro que o relacionamento vai se transformar completamente, atingindo um patamar de amor nunca antes alcançado pelo casal.
Todavia, se o casal não está comprometido em trabalhar para resolver os problemas do relacionamento em conjunto e com respeito mútuo, dificilmente o afastamento temporário vai ajudar.
Como resolver conflitos no relacionamento?
Todos os relacionamentos têm conflitos. É normal que, com o passar dos anos, novos atritos surjam. A convivência, mesmo entre pessoas que se amam, cria todo o tipo de impasse.
Todo mundo muda com a vivência de novas experiências – surgem novas crenças, novas convicções, novos objetivos de vida.
Algumas mudanças podem complicar a convivência e até ocasionar o distanciamento entre os cônjuges. E esse ‘fenômeno’ é completamente normal.
Acontece que muitos casais se assustam ao perceber que o encantamento que possuíam no começo do relacionamento não é o mesmo ou desapareceu, dando lugar a outro tipo de afeto.
Todas essas questões podem ser resolvidas com o diálogo.
Quando há desgaste no relacionamento, a tendência é aumentar as brigas, discussões e desentendimentos. O que deveria acontecer, em um cenário ideal, é justamente o oposto.
Os casais priorizarem o diálogo para que seja possível expressar os incômodos e desgostos com o relacionamento e, em conjunto, encontrarem soluções.
A escuta também precisa estar afiada, não apenas a vontade de falar. Ouvir certas coisas do cônjuge pode doer, mas esta é uma dor com capacidade de fortalecer o vínculo entre os parceiros.
Do mesmo modo, é uma oportunidade para refletir sobre o próprio comportamento e encontrar pontos que podem ser melhorados.
Independentemente da natureza do relacionamento, a comunicação é sempre o melhor caminho para melhorar a convivência e solucionar problemas.
Podemos fazer suposições acerca do que os outros estão pensando ou sentindo, mas é somente através do diálogo que temos acesso aos seus verdadeiros sentimentos. Tomar decisões baseadas em suposições é a receita para gerar equívocos dentro da relação.
Mas dar um tempo nunca funciona?
Há casais que, de fato, se beneficiam do afastamento temporário. Os cônjuges conseguem pensar sobre os seus comportamentos e tomar decisões visando o seu bem-estar emocional, bem como a longevidade da relação com a pessoa amada.
É preciso ter maturidade emocional para fazer bom uso da tática de “dar um tempo”. Antes dos cônjuges entrarem em acordo, o diálogo deve pontuar os objetivos e os desejos do casal tanto para o período de separação quanto para o retorno dos casais.
Afinal, como mencionado, o diálogo é um dos pilares da resolução de conflitos nos relacionamentos, sejam de caráter amoroso ou não.
Em síntese, essa estratégia funciona em um contexto bastante específico: quando os objetivos dos parceiros estão alinhados.
Se a intenção do casal é terminar ou não existe comprometimento de um ou ambos os cônjuges em melhorar a convivência, dar um tempo pode até aliviar a tensão, mas não vai ajudar a sanar os problemas da relação.
Como fazer a sugestão de dar um tempo para o cônjuge?
Se você está com essa ideia na cabeça e acredita que vai beneficiar o seu relacionamento, separamos dicas para iniciar uma conversa com o seu cônjuge sobre isso:
Deixe as suas expectativas claras
Compartilhe as suas intenções com assertividade e as suas expectativas de como será o processo de afastamento, como, por exemplo, se o distanciamento ocorrerá de maneira gradual, se ainda haverá um contato com o parceiro ou se eles não irão conversar durante esse período.
Outras questões importantes são: se vocês poderão ficar com outras pessoas e se poderão compartilhar essas experiências um com o outro.
Diga, ainda, quanto tempo de afastamento você quer para pensar e o porquê acredita que aquele determinado período seja necessário.
É importante ter essa transparência para que o cônjuge compreenda as suas intenções e concorde ou não com os seus pontos.
Dessa forma, ambos podem estabelecer os limites que acreditam ser necessários para o acordo dar certo.
Se coloque à disposição para aprender
A intenção principal desse afastamento voluntário é melhorar o relacionamento, não é mesmo? Então, assuma uma postura de disposição para aprender.
Mesmo que ambas as partes estejam de comum acordo, dar um tempo no relacionamento ainda pode ser desafiador. Uma coisa é a teoria e a outra é a prática.
Nesse período de distanciamento, você pode ter várias emoções e pensamentos, bem como sentir a falta do cônjuge na sua rotina ou em momentos específicos.
É importante que você perceba e processe os seus sentimentos quando eles forem para a superfície. Você pode perceber que possui dependência emocional do seu cônjuge, ou que não sente saudades da presença dele em determinados períodos do dia.
Assim, quando vocês se encontrarem novamente, você terá pontos para debater com o parceiro.
Quando o outro compartilhar as observações dele, esteja disposto a ouvir também. Dessa forma, vocês conseguirão determinar se devem dar uma segunda chance para o relacionamento ou não.
Entenda quando é a hora de dizer adeus
Se dar um tempo não funciona da maneira desejada, o relacionamento pode ter passado do ponto de conserto. Neste caso, você deve fazer uma reflexão.
Se a sua relação somente te traz estresse, será que vale a pena continuar tentando fazer dar certo? Será que algum dia ela dará certo?
No caso do término, é recomendado que os ex-parceiros sigam as suas vidas sem manter contato nas primeiras semanas para que se acostumem com o dia a dia longe um do outro.
Não é uma boa ideia tentar manter uma amizade enquanto ambos estão de luto. Depois desse período de digestão das emoções negativas, você pode tentar uma reaproximação.
Já se a decisão for de permanecer junto, trace um plano. Ambos os cônjuges devem se comprometer a mudar comportamentos, hábitos e modos de falar.
É necessário ter paciência nesse processo de mudança, uma vez que condutas reproduzidas muitas vezes não são alteradas da noite para o dia.
Quais são os pilares de um relacionamento saudável?
Para os casais cuidarem da saúde do seu relacionamento e, consequentemente, prolongarem a sua vida útil, eles podem:
- Priorizar a comunicação clara e respeitosa;
- Traçar objetivos para alcançar dentro do relacionamento;
- Colocar-se no lugar do outro para compreendê-lo;
- Confiar no parceiro;
- Respeitar o tempo do outro para falar sobre assuntos delicados;
- Resolver problemas rapidamente. Você pode esperar até que ambos estejam de cabeça fria, mas evite empurrar os impasses com a barriga;
- Apoiar o cônjuge em seus projetos; e
- Fazer reflexões sobre o rumo do relacionamento.
Caso você não saiba mais o que fazer para ter um relacionamento saudável, você também buscar a terapia de casal. Com a mediação de um psicólogo, os casais conseguem se expressar de maneira clara, honesta e respeitosa.
Psicólogos para Relacionamentos
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Consultas por vídeoA psicóloga Priscilla é graduada há quase 20 anos e é pós-graduada em Neuropsicologia pela faculdade FMU, realizou curso de extensão em Análise do Comportamento pelo Núcleo de Estudos Paradigma, é especialista em Grafologia pelo Instituto Grafológica de SP e extensões em Psicologia Analítica no IJEP
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Autor: psicologa Rosana Tamyres Ferreira - CRP 06/139956Formação: A psicóloga Rosana Tamyres Ferreira é pós-graduada pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa. Sua experiência em liderança, gestão de projetos e gestão de pessoas têm sido de grande importância em seus atendimentos na área clínica...
Excelente Dra
Olá! Obrigada pelo seu comentário. Ficamos contentes que tenha gostado do conteúdo.