Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Ane Rodrigues Sousa - Psicólogo CRP 06/178810
As doenças ocupacionais fazem parte da rotina dos brasileiros, infelizmente.
Prova disso é que, segundo o Ministério da Saúde, entre 2007 e 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) atendeu quase 3 milhões de pacientes com alguma enfermidade relacionada ao seu ofício, o que mostra a necessidade de intensificar as medidas de prevenção.
Mas você sabia que as doenças ocupacionais vão muito além do que questões físicas? Sim, elas também podem incluir desordens psicossociais, o que nos faz entrar na saúde mental!
Neste artigo, você saberá tudo sobre essas doenças, seus principais tipos e as melhores formas de prevenir e cuidar da mente e das emoções. Boa leitura!
O que são doenças ocupacionais?
Doença ocupacional refere-se a qualquer enfermidade – física ou psicológica – que tenha sido desenvolvida em decorrência do trabalho exercido por um profissional.
Nesse sentido, algumas doenças podem surgir em decorrência da sobrecarga de trabalho, exposição a produtos tóxicos, movimentos repetidos, entre muitas outras situações.
Em 2023, após 24 anos, o Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças ocupacionais, incorporando 165 novas patologias no rol. Agora, são 347 enfermidades relacionadas ao trabalho que podem ser diagnosticadas.
Como as doenças ocupacionais se classificam?
As doenças ocupacionais são agrupadas em classes de acordo com a causa e/ou o impacto que elas provocam na vida do trabalhador.
Nesse sentido, as classificações mais comuns são:
Doenças psicossociais
Aqui estão presentes as patologias de ordem mental, psicológica e emocional que surgem em decorrência de atividades, situações e/ou ambientes altamente estressantes. As mais comuns costumam ser a ansiedade, o estresse, a depressão e a síndrome de Burnout.
Convém mencionar que essa classe de doenças ocupacionais não necessariamente tem a ver com o serviço desempenhado pelo profissional, mas pode ocorrer em razão de alguma disfunção no seu ambiente de trabalho, como assédio, sobrecarga de tarefas, falta de reconhecimento, etc.
Doenças auditivas
As doenças ocupacionais de cunho auditivo referem-se às enfermidades que atingem o canal auditivo de trabalhadores em razão da exposição intensa a barulhos.
Inclusive, são garantias amparadas por lei aos trabalhadores, mas que nem sempre são aplicadas, seja por descuido das empresas ou recusa dos próprios funcionários.
Doenças respiratórias
Mais uma classe de doenças ocupacionais que causam desordens físicas e que, nesse caso, estão relacionadas à exposição a agentes que afetam o sistema respiratório, como produtos químicos.
Vale dizer que eles podem causar de simples reações alérgicas à drástica diminuição da função pulmonar a longo prazo.
Nesse cenário, a redução da emissão dessas substâncias e o uso dos EPIs pode reduzir o número de profissionais acometidos por essa condição.
Doenças por repetição
Por fim, um outro grupo de doenças ocupacionais comuns são as causadas por repetição, isto é, em consequência de atividades laborais feitas repetitivamente, como ficar sentado por muitas horas diante do computador.
Apesar de parecer inevitável, uma vez que são ações que fazem parte da jornada de um trabalhador, é possível minimizar essas patologias com o investimento em ergonomia, além da realização de pausas frequentes ao longo do dia.
Quais são as principais doenças ocupacionais?
Agora que você conhece as principais classes de doenças ocupacionais, listamos algumas das mais comuns entre as 347 reconhecidas pelo Ministério da Saúde, a fim de que você consiga reconhecê-las o mais precocemente e, assim, se prevenir ou tratar mais rapidamente:
- Síndrome de Burnout: condição que se caracteriza pela exaustão emocional, mental e física provocada pelo estresse recorrente no trabalho. Dentre os seus sintomas estão a falta de vontade, criatividade reduzida, irritabilidade e doenças físicas recorrentes provocadas pela somatização (como gripes, gastrite, etc).
- Ansiedade: preocupação, medo e angústia excessivos, persistentes e de difícil controle.
- Depressão: condição caracterizada pela tristeza e desânimo profundos, pensamentos negativos intermitentes e desinteresse pelas coisas que antes eram interessantes. Pessoas que estão insatisfeitas com sua profissão podem desenvolver um quadro agudo de depressão.
- Lesão por esforço repetitivo (LER): lesão – com sintomas como dor, fraqueza, rigidez e/ou formigamento – que afeta músculos, nervos, ligamentos e tendões. Pessoas que trabalham digitando, por exemplo, podem desenvolver a LER no punho.
- Perda auditiva induzida por ruído (PAIR): transtorno auditivo que pode ocasionar em uma surdez definitiva caso a exposição a ruídos elevados (acima de 80 decibéis) seja prolongada.
- Asma ocupacional: condição causada pela inalação de partículas nocivas à saúde. Sintomas como tosse, falta de ar e sensação de pressão no peito são comuns.
- Antracose pulmonar: enfermidade que atinge o pulmão, também provocada pela inalação de partículas danosas à saúde. Pode causar tosse e dificuldade de respirar.
- Problemas na coluna: não é incomum encontrar pessoas que sofram com essa questão por causa do trabalho que realizam. Passar muitas horas sentado e com uma postura inadequada, por exemplo, pode desencadear essa condição. Por isso, contar com recursos ergonômicos e realizar atividades físicas regularmente é essencial.
- Doença venosa crônica: apresentando como principal manifestação clínica as varizes, essa condição atrapalha a circulação sanguínea, que pode surgir em profissionais que passam muitas horas na mesma posição (em pé ou sentado).
- Problemas de visão: a visão também pode ser acometida pelo trabalho desempenhado,.
Como se prevenir das doenças de cunho emocional e psicológico?
Mas e quando o problema é psicológico e emocional?
Nesse caso, é indispensável reconhecer os seus limites como pessoa e como profissional para saber quando a carga de trabalho está excessiva, quando você está frustrado com a sua profissão ou quando você sente dificuldade de dizer não, por exemplo. Para isso, desenvolver o autoconhecimento é essencial.
Assim, saiba que a psicoterapia pode ser um bom caminho para se autoconhecer, uma vez que ela te ajuda a:
- Definir suas metas e objetivos pessoais e profissionais;
- Reconhecer suas forças e fraquezas;
- Aprender a dizer “não”;
- Gerenciar melhor suas emoções, como a ansiedade;
- Sair de relações abusivas (inclusive no ambiente de trabalho), etc.
Portanto, com a ajuda e orientação de um psicólogo, você consegue se relacionar melhor consigo mesmo e com a sua profissão e, consequentemente, evita o desenvolvimento de doenças ocupacionais que possam afetar o seu bem-estar e a sua saúde mental.
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