Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Kamilla Giacomassi - Psicólogo CRP 06/84766
A esquizofrenia é uma condição mental complexa que afeta profundamente o pensamento, as emoções e o comportamento.
Embora não tenha cura, a esquizofrenia tem tratamento, o que permite que muitas pessoas com essa condição vivam de forma mais equilibrada e produtiva.
Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre a esquizofrenia, incluindo os principais sintomas, como ela se desenvolve e os tratamentos! Boa leitura!
O que é esquizofrenia?
A esquizofrenia é um transtorno mental crônico que afeta a forma como a pessoa percebe a realidade, pensa e se comporta. Caracteriza-se por uma combinação de sintomas como alucinações (percepções de coisas que não existem), delírios (crenças falsas e irracionais) e pensamentos desorganizados.
Além disso, ela também pode causar mudanças no comportamento e na maneira de se relacionar com o mundo.
Assim, essa condição pode impactar a capacidade de uma pessoa de realizar tarefas cotidianas, manter relacionamentos e funcionar de maneira adequada em sociedade.
Quais são as possíveis causas da esquizofrenia?
As possíveis causas da esquizofrenia não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam uma interação complexa de fatores genéticos, biológicos e ambientais.
Então, separamos algumas dessas possíveis causas com explicações:
- Fatores genéticos: Pessoas com histórico familiar de esquizofrenia têm maior risco de desenvolver a condição, indicando uma predisposição genética.
- Desequilíbrio químico no cérebro: Alterações nos neurotransmissores, como dopamina e glutamato, podem contribuir para os sintomas da esquizofrenia, afetando a comunicação entre as células cerebrais.
- Anormalidades estruturais no cérebro: Estudos de imagem cerebral mostram que algumas pessoas com esquizofrenia têm diferenças na estrutura do cérebro, como ventrículos cerebrais aumentados e redução de volume em certas áreas.
- Complicações no nascimento: Eventos como falta de oxigênio durante o parto ou exposição a infecções virais no útero podem aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia mais tarde na vida.
- Uso de drogas na adolescência: O uso de substâncias psicoativas, especialmente cannabis, durante a adolescência pode desencadear ou agravar os sintomas em indivíduos predispostos geneticamente.
- Traumas e estresse: Experiências traumáticas, abuso na infância ou eventos altamente estressantes podem atuar como fatores desencadeantes para o início da esquizofrenia em pessoas vulneráveis.
No entanto, é importante entender que esses fatores não atuam isoladamente, e a combinação de dois ou mais pode aumentar a probabilidade de desenvolvimento da condição.
Quais são os principais sintomas da esquizofrenia?
A esquizofrenia apresenta uma ampla gama de sintomas, que são geralmente classificados em três categorias principais: positivos, negativos e cognitivos.
Então, os principais sintomas de cada um são:
Sintomas positivos
Os sintomas positivos da esquizofrenia se referem à presença de comportamentos e percepções distorcidas ou exageradas, que não fazem parte da experiência normal.
Um dos principais sintomas positivos são as alucinações, que envolvem a percepção de coisas que não existem, como ouvir vozes, ver imagens ou sentir cheiros inexistentes.
As alucinações auditivas são as mais comuns, fazendo com que o paciente ouça vozes que podem dar comandos ou fazer comentários sobre ele.
Outro sintoma positivo são os delírios, que são crenças falsas e inflexíveis. Assim, uma pessoa com esquizofrenia pode, por exemplo, acreditar que está sendo perseguida ou que possui poderes sobrenaturais, mesmo quando todas as evidências sugerem o contrário.
Pensamentos desorganizados também são frequentes, o que torna difícil para o indivíduo organizar suas ideias e se comunicar de forma coerente.
Sintomas negativos
Os sintomas negativos da esquizofrenia refletem uma diminuição ou perda das capacidades normais de funcionamento emocional e comportamental.
A falta de motivação é um dos principais sinais, fazendo com que a pessoa tenha dificuldade em iniciar ou completar tarefas cotidianas, como cuidar da higiene pessoal ou manter compromissos. Esse sintoma é chamado de avolia.
Além disso, outro sintoma comum é a anedonia, ou seja, a incapacidade de sentir prazer em atividades que antes eram apreciadas, como hobbies, interações sociais ou até mesmo eventos que antes eram significativos.
Outro aspecto negativo é o isolamento social, que faz com que a pessoa se distancie de amigos, familiares e da vida em comunidade, preferindo ficar sozinha.
Sintomas cognitivos
Os sintomas cognitivos da esquizofrenia afetam diretamente a capacidade de pensar com clareza, reter informações e tomar decisões.
Dessa forma, um dos sintomas mais notáveis é a dificuldade de memória, que pode impedir que a pessoa lembre de informações recentes ou aprenda novas habilidades. Isso dificulta a realização de atividades simples do dia a dia.
A dificuldade de concentração é outro sintoma comum, prejudicando a capacidade de focar em tarefas ou manter a atenção em uma conversa. Isso pode tornar difícil o desempenho no trabalho ou nos estudos.
Por fim, os pacientes também podem sofrer com a tomada de decisões prejudicada, em que o planejamento e a organização se tornam difíceis. Isso afeta o julgamento, tornando complicado resolver problemas ou lidar com situações que exigem pensamento lógico e rápido.
Como é realizado o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico da esquizofrenia é realizado por um psiquiatra ou psicólogo com base em uma avaliação clínica detalhada dos sintomas, que incluem alucinações, delírios e pensamento desorganizado. Pode ser necessário que esses sintomas estejam presentes por pelo menos seis meses.
Além disso, exames laboratoriais podem ser solicitados para excluir outras condições, como uso de drogas ou problemas neurológicos.
O diagnóstico segue critérios estabelecidos pelo DSM-5 e/ou CID-11, exigindo pelo menos dois sintomas principais, além do histórico familiar e social.
Por fim, é importante saber que o impacto funcional dos sintomas são considerados antes de confirmar o diagnóstico.
Esquizofrenia tem tratamento?
A esquizofrenia não tem cura, mas tem tratamento. Com a intervenção correta, é possível controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada. O tratamento é contínuo e envolve uma combinação de medicamentos, terapias e suporte psicossocial.
Medicamentos antipsicóticos
Os medicamentos antipsicóticos são a base do tratamento para a esquizofrenia. Eles ajudam a controlar os sintomas positivos, como alucinações e delírios.
Esses remédios podem ser divididos em dois grupos principais: os antipsicóticos típicos (primeira geração) e os atípicos (segunda geração), que são mais comumente utilizados por terem menos efeitos colaterais graves.
Terapia psicossocial
Além dos medicamentos, terapias psicossociais desempenham um papel fundamental no tratamento da esquizofrenia. A terapia cognitivo-comportamental (TCC), por exemplo, ajuda o paciente a lidar com os sintomas e melhorar as habilidades de enfrentamento.
Outras intervenções incluem treinamento de habilidades sociais, que capacita o indivíduo a se reintegrar na sociedade, e a terapia familiar, que orienta os familiares a lidarem com a condição de forma eficaz, contribuindo para um ambiente de apoio.
Acompanhamento contínuo
O acompanhamento médico regular é essencial para ajustar o tratamento conforme necessário e monitorar a evolução do paciente.
Crises podem ocorrer, e o acompanhamento frequente ajuda a identificar sinais precoces de recaída e a ajustar o tratamento para prevenir ou mitigar situações graves.
Suporte social e comunitário
Programas de suporte social e reabilitação são importantes para ajudar a pessoa com esquizofrenia a se manter funcional na sociedade.
Portanto, grupos de apoio e serviços comunitários especializados, como centros de reabilitação vocacional, ajudam o indivíduo a reconstruir sua vida social e, em alguns casos, retomar o trabalho.
Como conviver com a esquizofrenia de forma saudável?
Conviver com a esquizofrenia pode ser um desafio tanto para a pessoa afetada quanto para seus familiares e amigos. Essa condição de saúde mental exige um entendimento profundo e um suporte contínuo para que o indivíduo possa viver de forma saudável e produtiva.
Então, apesar de não ter cura, a esquizofrenia tem tratamento e algumas dicas podem ser seguidas para se ter uma melhor qualidade de vida, como:
- Seguir o tratamento médico: Tomar os medicamentos conforme prescrito e participar das consultas regulares.
- Manter uma rotina: Estabelecer horários regulares para atividades diárias ajuda a criar estabilidade e reduzir o estresse.
- Buscar apoio psicossocial: Participar de terapias e grupos de apoio pode oferecer suporte emocional e ajudar a desenvolver habilidades sociais.
- Evitar substâncias psicoativas: O uso de álcool e drogas pode agravar os sintomas e prejudicar o tratamento.
- Ter uma rede de apoio: Contar com amigos e familiares que compreendam a condição pode ajudar a enfrentar desafios.
A esquizofrenia é uma condição mental complexa que, embora não tenha cura, tem tratamento! Portanto, compreender os sintomas, buscar um diagnóstico preciso e aderir às opções de tratamento são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida.
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Autor: psicologa Kamilla Giacomassi - CRP 06/84766Formação: A psicóloga Kamilla Giacomassi é formada Universidade Presbiteriana e possui uma especialização em andamento em Psicanálise pela AEP. Atua em demanda como síndrome do pânico, TDAH (Transtorno de Déficit e Atenção e Hiperatividade), fobias, lutos, entre outras...