Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Isabela Magalhães Santos Fernandes - Psicólogo CRP 06/175414
Para muitas mães, o fim da licença-maternidade é um verdadeiro terror! Aqui, elas devem retomar a vida profissional e, para isso, precisam abrir mão de passar integralmente o dia com os filhos.
O processo pode ser muito doloroso e, inclusive, costuma gerar o sentimento de culpa em muitas matriarcas, que se sentem angustiadas por sentirem que estão abandonando os filhos com poucos meses de vida.
No entanto, se você foi mãe recentemente e pretende retornar ao trabalho (seja por necessidade ou porque se sente realizada profissionalmente), então saiba que será preciso se preparar estrutural e emocionalmente para isso.
Assim, como forma de ajudar as mães que estão passando por esse dilema, listamos a seguir algumas dicas de como lidar com o fim da licença-maternidade de uma forma mais tranquila, preservando a sua saúde mental. Confira!
1. Defina com quem o bebê ficará no fim da licença maternidade
Uma das angústias no fim da licença-maternidade é a definição da pessoa que cuidará do bebê para que você retorne ao trabalho, não é mesmo?
Aqui há um medo muito grande de não conseguir encontrar alguém que cuide bem dele e que atenda às suas necessidades.
Nesse caso, o primeiro passo é definir se você o levará para a creche ou berçário ou se preferirá que alguém cuide dele dentro da sua casa.
Na primeira opção, procure visitar algumas instituições até o fim do terceiro mês de licença. Veja com a qual você se identifica mais. Uma boa estratégia é iniciar um período de adaptação do bebê na creche/berçário antes de você retornar ao emprego.
Agora, se você optar por alguém que cuide do seu filho na sua casa, então defina se essa pessoa será uma babá, uma das avós ou alguém da família. Independente da escolha, a dica do período de adaptação antes do retorno ao serviço também vale aqui.
2. Avalie a possibilidade do trabalho remoto
Mesmo com o fim da pandemia, muitas empresas ainda continuam adotando o trabalho remoto. Nesse ponto, você pode verificar junto ao seu chefe se existe a possibilidade de você trabalhar remotamente, seja integral ou pelo menos alguns dias da semana.
No último caso, você poderá contar com um período de adaptação para ir se acostumando gradativamente a ficar longe do filho.
Mas lembre-se de contar com uma rede de apoio para te ajudar, pois, mesmo em casa, você terá que trabalhar. Logo, será necessário que alguém olhe o bebê.
3. Respeite o seu tempo
O fim da licença-maternidade traz com ele um processo de readaptação. Sim, além de todas as mudanças já sofridas, essa nova fase também vai trazer mais desafios! E é aos poucos, dia a dia, que cada mãe vai redescobrindo o seu ritmo.
Nesse sentido, o mais importante é respeitar esse tempo de adaptação e não se cobrar. Está tudo bem não conseguir dar conta de todas as demandas da maternidade e da profissão ao mesmo tempo. Não se culpe por isso!
Além disso, não tenha vergonha de pedir ajuda quando achar necessário, seja para a sua rede de apoio ou para o próprio chefe e colegas de trabalho. Essa é uma readaptação que leva tempo, portanto, tenha paciência!
4. Não se compare com outras mães
A troca de experiências com outras mães que passaram ou têm passado pelo mesmo processo que você é importante para que você veja que não está sozinha nessa.
Entretanto, é muito importante não se comparar com nenhuma outra mãe. Cada mulher possui a sua realidade e personalidade. Logo, as adaptações serão diferentes!
Enquanto para umas o retorno ao serviço é mais tranquilo, para outras é mais doloroso e lento, e não tem nada de errado com isso. Há aquelas que optam por pausar a carreira, enquanto outras não abrem mão. E está tudo certo com esses dois grupos!
Portanto, não se compare com ninguém e entenda que a sua experiência é única.
5. Não seja dura consigo
Assim como em toda a extensão da maternidade, o fim da licença-maternidade é mais uma fase na vida das mães que pode conter erros e acertos. Afinal, é um processo de descoberta e, apesar de parecer clichê, é possível sim aprender por meio dos erros.
Portanto, se você considera que falhou de alguma forma nessa etapa, não seja tão dura consigo mesma, principalmente se o que você fez foi na esperança de conceder o melhor ao seu filho.
Ressignifique essa falha, aprenda com ela e siga em frente!
6. Cuide das suas emoções no fim da licença maternidade
O fim da licença-maternidade traz inúmeros sentimentos e emoções, como o medo e a culpa. Nesse sentido, o primeiro passo é não ignorá-los. Do contrário, você não conseguirá controlá-los e isso pode ter efeitos negativos na sua vida e na do seu filho.
Portanto, reconheça quando você estiver sentindo alguma emoção negativa e procure ter inteligência emocional para gerenciá-la.
Aqui, é muito importante trabalhar o autoconhecimento para, assim, conseguir identificar e administrar o sentimento ou a emoção que possa causar alguma séria condição psicológica em você, como a ansiedade e depressão.
7. Tente não passar a sua insegurança para o bebê
Como mencionamos anteriormente, é importante controlar as suas emoções durante o fim da licença-maternidade, sendo a insegurança uma delas.
Isso porque o bebê perceberá quando a mãe estiver insegura e isso implicará em diversas consequências para ele, como o desenvolvimento da ansiedade.
Além disso, a insegurança provocada pelo apego da mãe pode fazer com que a criança sinta a sua ausência de uma forma excessiva, o que pode prejudicar o seu desenvolvimento.
Portanto, procure passar segurança e confiança para o seu filho e mostrar a ele que vocês sempre estarão próximos, ainda que em algumas horas do dia estejam longe.
E aqui vai uma outra dica: caso a criança já tenha entendimento, então vale a pena também conversar com ela sobre a importância do seu trabalho para você e para a família. Assim, a aceitação poderá ser trabalhada pouco a pouco.
8. Se for necessário, faça terapia durante a licença maternidade
Nesse processo de mudança profunda, pode ser interessante (e muitas vezes necessário) iniciar o acompanhamento psicológico, principalmente se você estiver com dificuldades para reconhecer e cuidar das suas emoções e sentimentos.
Durante as sessões de terapia, será possível trabalhar o autoconhecimento e encontrar caminhos para tornar a maternidade mais saudável, inclusive a relação com o seu filho.
Além disso, você conseguirá reduzir as indecisões durante as tomadas de decisão, uma vez que encontrará as motivações que te levam a permanecer no seu trabalho, o que reduzirá o sentimento de culpa.
Portanto, lembre-se que a terapia pode ser uma grande aliada em todo o período da descoberta e vivência da maternidade, inclusive durante a volta ao trabalho.
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