Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Isabela Magalhães Santos Fernandes - Psicólogo CRP 06/175414
Ao iniciar um acompanhamento psicoterapêutico, ou apenas psicoterapia, pela primeira vez, você pode se sentir um tanto incrédulo e desconfortável. Será mesmo que o psicólogo conseguirá ajudá-lo?
Ao mesmo tempo, você também pode se sentir entusiasmado com a possibilidade de, enfim, obter as respostas para melhorar a sua vida.
É comum não saber como se portar nas primeiras consultas, apesar dos convites do psicólogo para você se sentir confortável. Compartilhar preocupações, dificuldades, fracassos e medos com uma pessoa desconhecida, mesmo que seja um profissional, não é nem um pouco fácil.
É preciso considerar, ainda, que você precisa fazer algumas perguntas no início da terapia para compreender o funcionamento do processo e tomar a melhor decisão para o seu caso.
Pensando em tornar a sua primeira experiência com o psicólogo mais tranquila, separamos dez sugestões de perguntas que podem ser feitas ao profissional no início da terapia.
1. Qual é a sua abordagem psicológica?
A abordagem psicológica é um dos elementos mais importantes da terapia. Ela é, basicamente, a metodologia utilizada pelo psicólogo.
Algumas são mais eficientes para certos tipos de demandas do que outras. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), por exemplo, é considerada mais apropriada para o tratamento de vícios por focar na mudança de comportamentos negativos.
Peça para o psicólogo explicar a sua abordagem em termos simples para que você consiga compreender como a sua metodologia pode ajudá-lo.
2. Quais especializações você possui?
Hoje, grande parte dos profissionais busca fazer especializações para expandir seu conhecimento da área e ficar por dentro das novidades. Na área da psicologia, as especializações são indispensáveis para a boa prática profissional.
A área da saúde mental está em constante evolução visto que acompanha a mudança comportamental da sociedade.
Por exemplo, com a pandemia de Coronavírus, novas demandas emocionais surgiram e atraíram a atenção dos psicólogos. O isolamento social, os novos modelos de trabalho, o medo do contágio… Todas essas questões afetaram a psique humana.
Além disso, se você está em busca de um profissional para ajudá-lo com uma questão específica, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou o Transtorno de Bipolaridade, é interessante que o psicólogo tenha especializações nessas condições.
3. Você já atendeu casos semelhantes ao meu?
Outra maneira de saber se o psicólogo será capaz de ajudá-lo é questioná-lo se já atendeu pacientes com condições ou dilemas semelhantes ao seu.
A resposta lhe elucidará um pouco sobre a experiência do psicólogo e o conhecimento que possui sobre a sua condição ou problema.
Caso não tenha atendido nenhum caso parecido, pergunte como é a sua disposição para ajudá-lo. Alguns profissionais podem preferir fazer uma recomendação a um colega mais experiente na área que você está procurando.
4. Como são as sessões de terapia e os métodos utilizados?
A logística das sessões de terapia não diferem significativamente de psicólogo para psicólogo.
A duração costuma ser de 45 a 60 minutos, mas pode variar de acordo com a necessidade do paciente, a disponibilidade de ambos e o acordo feito com o profissional no início da terapia.
A frequência das sessões também depende desses fatores. Além disso, as consultas podem ser virtuais ou presenciais.
O diálogo inicial entre paciente e psicólogo é importante para acertar esses detalhes, principalmente quando há limitações de horário e de dias disponíveis para a terapia.
Os métodos utilizados durante as sessões costumam ser o fator variável. Como os psicólogos atuam conforme uma determinada abordagem psicológica, possuem o conhecimento de ferramentas e exercícios distintos.
Sendo assim, pergunte ao psicólogo sobre os métodos usados por ele.
5. Quanto tempo dura a terapia?
Como cada paciente é único, o tempo de terapia varia de caso para caso. Psicólogos atendem pacientes de longa duração, cujo acompanhamento psicoterapêutico se estende por vários anos, e de curta duração.
Neste último caso, a terapia pode durar até um ano, alguns meses ou até mesmo semanas. Questões pontuais costumam ser o foco dessas consultas, como dúvidas profissionais, problemas conjugais, conflitos familiares e outras.
O psicólogo pode não ser capaz de apontar a duração certa do tratamento no início. Ele pode precisar de mais sessões para analisar o seu caso e a maneira como você reage à terapia para, enfim, lhe dar uma resposta satisfatória.
Então, não fique desconfiado se não receber uma resposta logo de cara. Refaça a pergunta após algumas semanas.
6. Quais são os benefícios da terapia para _____?
Se você nunca fez terapia, pode ter dúvidas sobre os seus benefícios. Você pode ter uma ideia geral, mas desejar uma resposta mais específica para construir um panorama voltado à sua vida e bem-estar emocional.
Questione o psicólogo sobre os benefícios práticos que o acompanhamento psicoterapêutico trará para o seu cotidiano. Você pode perceber algumas mudanças já após as primeiras sessões, sejam em seu comportamento, humor, relacionamentos ou forma de pensar.
Pergunte também sobre o que você deve esperar da terapia no futuro.
Outros benefícios costumam surgir com o passar das sessões, os quais são mais difíceis de perceber.
Um dia, sem grandes pretensões, você analisará o seu comportamento e perceberá que mudou muito desde o começo da terapia. Esses benefícios costumam ser inteligência emocional, resiliência, melhor comunicação, autoestima elevada e autonomia.
7. O que posso contar ao psicólogo na terapia?
Não costuma haver restrições de assuntos a serem explorados na terapia. Porém, alguns pacientes têm receio de trazer questões muito pessoais para o psicólogo.
São verdades que mantiveram escondidas por muito tempo em seu íntimo com medo de julgamentos e represálias.
A sexualidade, traumas, relação com a família e atos considerados socialmente inapropriados, como contar mentiras, estimular intrigas entre terceiros ou pegar o que não é seu, são alguns exemplos.
Sintomas de condições de saúde mental também podem despertar semelhante receio. Quando não se sabe que possui um distúrbio psíquico, tende-se a ter vergonha dos sintomas.
Não é raro indivíduos acreditarem ser “malucos” ou “estranhos” e, por isso, terem dificuldade para manter uma boa autoimagem.
Se você tem uma ou mais questões que nunca discutiu com ninguém por motivos semelhantes, pergunte ao psicólogo quais assuntos você, como paciente, pode levar à terapia.
Fazer esse questionamento poderá tranquilizá-lo mediante a possibilidade de tocar nessas questões em consultas futuras.
8. A terapia vai resolver todos os meus problemas?
É ao pronunciar essa pergunta que muitos pacientes descobrem que a terapia se trata de um esforço conjunto do psicólogo e do paciente.
Se não há disposição para ouvir o profissional, fazer as reflexões necessárias sobre o seu comportamento e efetuar mudanças em seu modo de vida, dificilmente a terapia será aproveitada.
O mesmo acontece com tratamentos propostos por médicos: se o paciente não se compromete a aparecer na fisioterapia, não pratica os exercícios recomendados e não toma os medicamentos prescritos, dificilmente a sua saúde irá melhorar, certo?
A terapia não é uma ferramenta mágica que faz os problemas desaparecem da noite para o dia, e o psicólogo da sua escolha irá lhe informar sobre isso.
9. Como saber que você respeitará o que é importante para mim?
É importante ter uma conversa transparente com o psicólogo sobre a competência dele acerca de questões identitárias, raciais, religiosas ou associadas à sexualidade as quais são importante para você.
Se você considera certas questões fundamentais para a sua vivência e exige que elas sejam respeitadas, deixe isso claro ao psicólogo.
Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis se o profissional tiver visões muito distantes das suas ou não demonstrar vontade para aprender sobre a sua realidade.
Os psicólogos devem ser neutros quando atendem os seus pacientes e evitar compartilhar opiniões pessoais sobre as vidas e valores dos mesmos. Dessa maneira, essas questões não devem ser um empecilho para a terapia.
Caso o profissional sinta que não possui o conhecimento e experiência necessária no assunto, pode recomendá-lo a buscar um colega ou psicólogo mais experiente.
10. Como aproveitar a terapia ao máximo?
Aproveite e pergunte ao seu psicólogo no início da terapia como você pode aproveitar ao máximo o seu processo psicoterapêutico.
Que tipo de postura você deve adotar durante as consultas para internalizar os ensinamentos? E para aplicar as mudanças de hábitos necessárias em seu cotidiano? Você pode fazer questionamentos durante as sessões e evidenciar o seu desconforto quando necessário?
Os psicólogos já atenderam centenas de pessoas e as ajudaram a solucionar os mais diversos dilemas, bem como já entraram em contato com pacientes com várias condições de saúde mental. Assim, são os mais indicados a orientar os pacientes a como aproveitar a terapia.
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