Ouça ou leia. Espero que você goste desse artigo Conheça os psicólogos que atendem em São Paulo e os psicólogos online por videochamada. Autor: Kamilla Giacomassi - Psicólogo CRP 06/84766
Provavelmente você já ouviu falar sobre o transtorno de estresse pós-traumático, não é mesmo? Pois saiba que ele é apenas uma das consequências do transtorno de estresse agudo, quando esse não é devidamente diagnosticado e tratado.
Isso aponta para uma necessidade de se manter atento após um evento traumático para, então, impedir que ele se transforme em uma questão maior.
Por isso, neste artigo, vamos falar sobre o transtorno de estresse agudo, suas causas, sintomas e as melhores formas de tratamento. Boa leitura!
O que é o transtorno de estresse agudo?
O transtorno de estresse agudo, ou TEA, consiste em uma fase de lembranças negativas e invasivas que surgem após o acontecimento de um evento traumático.
Assim, o indivíduo que viveu ou presenciou uma experiência ameaçadora ou estressante apresenta sofrimento emocional, psicológico e até mesmo físico, que pode ocorrer em até quatro semanas após a situação.
Nessa condição, a pessoa revive o acontecimento por meio de recordações ruins, o que a faz ficar estressada e ansiosa. Isso pode durar de 3 dias a um mês, e é algo relativamente normal, desde que não se estenda por um período maior.
O que causa o TEA?
Como mencionamos, o transtorno de estresse agudo é causado por um acontecimento traumatizante, que, geralmente, envolve situações de violência.
Vale destacar que não é necessário que o indivíduo tenha vivenciado o evento para desenvolver o TEA. O simples fato de ter testemunhado já pode ser um fato desencadeador.
Nesse sentido, alguns exemplos de acontecimentos que podem acarretar no surgimento dessa condição são acidentes, agressões, abusos e desastres naturais.
Quais são os sintomas do transtorno de estresse agudo?
Os sintomas do TEA podem variar de pessoa para pessoa, mas os seus principais e mais comuns são:
- Insegurança
- Medo excessivo
- Tristeza
- Angústia
- Boca seca
- Taquicardia
- Sensação de morte
- Contração muscular
- Memórias angustiantes e recorrentes do evento
- Sonhos aflitivos
- Dificuldade para dormir
- Irritabilidade
- Dificuldade de concentração
- Hipervigilância
- Sensação e percepção alterada da realidade
- Dificuldade para experimentar emoções positivas por um longo tempo
- Incapacidade para lembrar de uma parte da situação traumática
Como realizar o diagnóstico dessa condição?
O diagnóstico do transtorno de estresse agudo deve ser realizado por um médico psiquiatra que levará em consideração diversos pontos para concluir que realmente se trata dessa condição. Afinal, muitas outras podem apresentar sintomas parecidos.
Assim, é necessário atender os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5ª edição (DSM-5). Segundo ele, para ser considerado TEA, é necessário que o paciente tenha sido exposto a um evento traumático de forma direta ou indireta. Ou seja, é preciso que ele tenha vivenciado ou testemunhado alguma situação impactante.
Além disso, ele deve ter, no mínimo, nove dos sintomas a seguir, sendo que esses devem perdurar por um período de 3 dias a 1 mês:
- Memórias recorrentes, invasivas e angustiantes do evento
- Sofrimento intenso ao lembrar da situação ou entrar em contato com algum gatilho
- Sonhos aflitivos e recorrentes com a situação
- Esforço para se esquivar dos pensamentos
- Esforço para se esquivar de pessoas, lugares, atividades, objetos e outros itens que remetem ao evento
- Impossibilidade de experimentar emoções positivas
- Irritabilidade ou ataques explosivos
- Dificuldade de concentração
- Insônia ou dificuldade para dormir
- Hipervigilância
- Sensação alterada da realidade
- Incapacidade de lembrar alguma parte do evento
- Resposta exagerada a barulhos
Durante a análise, o psiquiatra analisará se os sintomas que estão prejudicando as atividades diárias do paciente são, de fato, referente ao TEA.
Quais são os melhores tratamentos para o transtorno de estresse agudo?
Assim que diagnosticada a condição, é essencial tratá-la. Isso porque, como veremos adiante, existem sérios impactos caso o TEA não seja tratado.
Nesse sentido, o tratamento envolve três principais frentes: psicoterapia, medicamentos e autocuidado. Vamos entender melhor o papel de cada um deles!
Psicoterapia
A terapia é a principal forma de tratar o transtorno de estresse agudo. Aqui, a abordagem mais utilizada para esse fim é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), pois é capaz de focar no trauma vivenciado e possui um tempo limitado.
Além disso, ela contribui para prevenir que o TEA evolua para o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Nesse sentido, a psicoterapia costuma corrigir os padrões de pensamento que o paciente tenha desenvolvido sobre o evento traumatizante e auxilia-o a processar melhor as emoções que surgiram em decorrência da situação.
Alguns pacientes podem, inclusive, optar por continuar o acompanhamento psicológico para trabalhar o autoconhecimento e, assim, conseguirem lidar melhor com outras situações adversas que surgirem ao longo da vida.
Medicamentos
Não é comum sugerir o uso de medicamentos no transtorno de estresse agudo, justamente por ser uma condição aguda, isto é, momentânea.
Entretanto, a depender do paciente e das recomendações médicas, podem ser prescritas algumas medicações calmantes e/ou relaxantes para ajudar no enfrentamento da condição.
Autocuidado
A pessoa acometida pelo TEA também deve desenvolver o autocuidado – algo que vale para toda a sua vida, e não apenas para essa vivência pós-traumática.
Aqui, é necessário focar em hábitos saudáveis, como uma rotina de sono e de exercícios, bem como uma alimentação adequada. Essa é uma forma de impedir que o corpo sofra severos impactos com o trauma vivenciado.
Além disso, também é preciso desenvolver a atenção plena para reduzir emoções negativas, como estresse, raiva e tristeza. Para isso, tentar manter a rotina normalmente, incluir hobbies para se distrair e praticar exercícios de respiração para lidar com os pensamentos intrusivos é primordial após um evento traumático.
Por fim, caso a situação traumática tenha envolvido violência ou se trate de uma pandemia infecciosa, então é preciso pensar na segurança pessoal. Nesse caso, procurar a orientação de especialistas para saber como manter a sua integridade e se sentir seguro é importante.
Quais são as consequências caso o TEA não seja tratado?
Como mencionamos, o transtorno de estresse agudo é uma condição comum de acontecer. No entanto, caso ele não seja acompanhado e tratado no tempo adequado, pode impactar de forma mais severa o indivíduo e o seu dia a dia.
Assim, uma das consequências é justamente ter o trabalho e os relacionamentos afetados por causa da incapacidade de gerir as atividades diárias.
Além disso, um TEA não identificado e/ou não tratado, pode evoluir para o transtorno de estresse pós-traumático, que é uma condição mais severa e duradoura.
Outro ponto é que pessoas com essa condição podem desenvolver ataques de pânico de forma recorrente, sendo mais um comprometimento para a saúde mental e social.
Portanto, o ideal é que, caso você ou alguém próximo viva ou testemunhe alguma situação traumatizante, não negligencie o fato.
Procure a ajuda de um profissional da saúde mental o quanto antes para mitigar quaisquer riscos. Prevenir é sempre o primeiro passo!
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